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    Musicoterapia: Como essa terapia ajuda no combate à dor?

    A música tem o potencial de um remédio? Escutar canção sertaneja reduz o estresse? O que a ciência diz sobre isso? Descubra todos os benefícios dessa técnica terapêutica

    Musicoterapia

    Você já teve um dia bem difícil? Em uma tarde modorrenta de segunda-feira, quis gritar em alto e bom som: “Eu não aguento mais! Vou embora, vou jogar tudo para o alto”? Porém, ao decidir escutar uma música, percebeu que ficou tranquilo e, aos poucos, o mundo voltou ao normal

    Você já se emocionou ao escutar aquela trilha sonora da sua série favorita ou ao relembrar uma música que marcou a sua infância

    Não é à toa que na obra “Na Morada das Palavras”, Rubens Alves diz que: “Há músicas que contêm memórias de momentos vividos. Trazem-nos de volta um passado. Lembramo-nos de lugares, objetos, rostos, gestos, sentimentos”. De acordo com a ciência, a música causa impacto em nossas emoções. Tanto que os bebês são atraídos por sons antes mesmo de falarem a primeira palavra. Quando tocamos um instrumento ou escutamos uma canção, inúmeras regiões do cérebro são estimuladas, entre elas: córtex, amígdala, cerebelo e hipocampo. 

    Desde antes de Cristo, é mencionado que a música faz bem para a saúde. Em 1944, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, experimentos musicais, realizados com ex-combatentes, apontaram que a música combate os sintomas de dor, estresse e ansiedade. E esses resultados deram início à profissionalização da musicoterapia.

    A música é capaz de diminuir o grau de estresse durante uma cirurgia, baixar a pressão arterial e acelerar a recuperação após uma sessão de exercícios físicos. Neste post, você entenderá o que é musicoterapia e todos os benefícios que esse método pode oferecer. Boa leitura!

    O que é musicoterapia?

    Iniciada em 1972, a musicoterapia é uma ciência recente. Essa terapia científica consiste em promover a saúde por meio de experiencias musicais. Também é dito que a musicoterapia é um método que examina as potencialidades da música no corpo humano. Essa técnica pode ser utilizada tanto para reabilitação quanto para prevenção.  

    A Federação Mundial de Musicoterapia define esse procedimento como: “a musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e restabelecer as funções do indivíduo para que ele/ela possa alcançar uma melhor integração intra e interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida”. Sendo assim, de forma resumida, a musicoterapia é o tratamento que utiliza a música para melhorar o humor, atenção, concentração, memória e lembranças profundas. 

    Eu posso escutar sertanejo para aliviar o estresse?

    Neste momento, você pode se questionar: para acalmar a minha mente, eu preciso escutar música clássica ou posso escutar um hit sertanejo? Com base em observações, os cientistas concluíram que não há um estilo musical mais vantajoso do que o outro. É fato que os musicoterapeutas costumam utilizar as melodias de Mozart, Bach ou Vivaldi. Entretanto, não há comprovação de que esse estilo musical seja o mais saudável para todos. Afinal, se uma pessoa não gosta da Sinfonia n°40 em sol menor de Mozart,  forçá-la a escutar essa música, será uma ação que causará ainda mais estresse nesse indivíduo. Por conta disso, é fundamental que a musicoterapia leve em consideração os gostos pessoais de cada paciente. 

    Como funciona a musicoterapia?

    O atendimento varia de acordo com a necessidade do paciente. Esse recurso terapêutico integra a composição de melodias, ritmos e batidas que, quando empregados de maneira adequada, proporcionam a reabilitação física, mental e social de indivíduos ou grupos.  A musicoterapia pode ser praticada de diferentes jeitos, tais como: o terapeuta tocando uma música e o paciente apenas escutando. O paciente participando e fazendo música com o terapeuta. Ou todos os membros de um grupo tocando algum instrumento em conjunto. 

    Música e História 

    Na cultura indígena, o Xamã usava os sons e as canções para afastar os espíritos malignos e, dessa forma, tratar as enfermidades que surgiam em decorrência da má influência desses espíritos. No Antigo Egito, a música era empregada como agente curador. As melodias eram utilizadas para curar as doenças físicas, psíquicas e emocionais.

    Todavia, os primeiros estudos sobre musicoterapia surgiram na Grécia Antiga. Platão assegurava que música e dança erradicavam os medos e as fobias. Já Aristóteles dizia que o som tinha efeito calmante. O pai da medicina ocidental, Hipócrates, falava que a música recobrava o equilíbrio do corpo. 

    No século XIX, Philippe Pinel, o precursor da psiquiatria, defendia que a música era uma notável ferramenta de cura. Ele pontuava que os pacientes psiquiátricos deveriam ser tratados com métodos humanizados. Por isso, ele acrescentava músicas doces e harmoniosas em seus atendimentos, como maneira de acalmar seus atendidos. 

    Artigos Científicos 

    Atualmente, há diversos artigos científicos que relatam os benefícios que a musicoterapia proporciona aos pacientes. A revista médica NeuroRehabilitation, por exemplo, possui três estudos sobre o uso da música na reabilitação de lesões cerebrais traumáticas, duas pesquisas que investigam intervenções fundamentadas em música em crianças com autismo e dificuldades de aprendizagem e um artigo teórico sobre os mecanismos de mudanças neuroplásticas subjacentes às intervenções de terapia musical neurológica bem-sucedidas. Esses estudos atestam que a música modela a função cerebral na neurorreabilitação em quadros de deficiência.

    Quais são os benefícios? 

    A musicoterapia oferece numerosos benefícios, como por exemplo, auxilia os estudantes que apresentam dificuldade de aprendizado, possibilita a reabilitação de dependentes químicos e a reintegração de menores infratores e melhora a qualidade de vida de idosos e pacientes crônicos. Todavia, esses não são os únicos benefícios cientificamente comprovados que podem ser proporcionados pela musicoterapia. Listamos abaixo os principais, confira! 

    • Luto

    A musicoterapia propicia serenidade diante dos quadros de adoecimento, internação, convalescença e momentos finais de vida. Uma pesquisa realizada em um grupo de pessoas enlutadas, nas dependências de uma paróquia da região central de Goiânia, mostrou que a musicoterapia auxilia na expressão de sentimentos e permite a construção de novos propósitos.  Acesse esse artigo e saiba quais são os efeitos e as 5 fases do luto. 

    • Dependência Química

    Um artigo publicado na Revista Latino-Americana de Enfermagem pontuou que, depois de uma hora de musicoterapia, há diminuição considerável dos níveis de cortisol salivar. Ou seja, esse estudo indica que a musicoterapia é uma ferramenta eficiente no tratamento e na reabilitação de dependentes químicos, visto que essa técnica reduz o estresse de dependentes químicos na fase de recaída. Além disso, outras pesquisas demonstraram que dependentes químicos que desistiram da musicoterapia tiveram maior pico de estresse do que aqueles que persistiram.  

    • Doença de Parkinson

    Doença de Parkinson é uma doença sem cura, porém, a musicoterapia produz efeitos benéficos no sistema nervoso, sendo assim, retarda ou ameniza os sintomas, pois atua na coordenação motora do paciente, concentração, atenção e autoestima. Ao ouvir uma música, o paciente impulsiona padrões neuronais (sinapses) que não eram incitados desde muito tempo. 

    • Estresse 

    A música e o estresse são percebidos pela mesma região cerebral. Consequentemente, as reações fisiológicas do estresse são cessadas com a prática da musicoterapia. Com essa técnica, os pacientes desenvolvem o autoconhecimento e o enfrentamento do estresse. Fora isso, essa terapia permite que os  participantes relatem as suas dificuldades pessoais e angústias.  

    • Câncer 

    Em agosto de 2016, uma pesquisa elaborada pela Universidade de Drexel (Estados Unidos) apresentou que a musicoterapia contribui no enfrentamento do câncer, pois essa terapia auxilia para o alívio da dor, da ansiedade e da fadiga. Além disso, a musicoterapia reduz a quantidade de medicamentos ingeridos pelos pacientes oncológicos, assim como o tempo de internação.

    • Doenças cardíacas

    De acordo com uma pesquisa da Cochrane Library, uma organização parceira de pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS), escutar melodias diminui a pressão sanguínea, melhora a frequência cardíaca e reduz os níveis de estresse. 

    • AVC

    A musicoterapia auxilia no tratamento de vítimas de derrames porque a música estimula várias regiões do cérebro. Portanto, a música é capaz de despertar emoções e estimular interações sociais, auxiliando na recuperação do paciente.

    • Autismo

    Os instrumentos musicais são ferramentas de comunicação e autoexpressão, logo, a musicoterapia colabora no desenvolvimento da aprendizagem de crianças autistas, pois essa terapia expande as relações sociais. A música beneficia o progresso intelectual e emocional, e também favorece a ampliação de competências e o desenvolvimento de habilidades. 

     

    Musicoterapia e a pandemia

    Encarar a pandemia é um desafio físico e psicológico não apenas para os pacientes e familiares, mas também para os profissionais que trabalham diariamente na linha de frente. Com o intuito de levar esperança e diminuir o número de vítimas, alguns hospitais estão implantando a musicoterapia no tratamento dos pacientes acometidos pela Covid-19. 

    Nessas situações, a musicoterapia favorece o equilíbrio emocional, a tranquilidade, ajuda na respiração e no bem estar. Geralmente, a estratégia adotada é a seguinte: no período da manhã, música animada. Após o almoço, no início da noite e ao final da noite: músicas que relaxam.

    A musicoterapia substitui a psicoterapia? 

    Não! Musicoterapia e a psicoterapia são competências com técnicas distintas. Porém, esses dois procedimentos podem ser complementares, como parte de um trabalho multidisciplinar. 

    Existe alguma contraindicação? 

    De modo geral, qualquer pessoa pode se beneficiar da musicoterapia, com exceção dos indivíduos  que sofrem de uma rara patologia chamada de epilepsia musicogênica, porque essas crises epilépticas são desencadeadas por estímulos musicais. 

    O SUS oferece musicoterapia?

    Sim! Em 2017, novas metodologias foram inseridas na tabela de práticas integrativas do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da publicação da Portaria 145/2017.

    Além da musicoterapia, são oferecidas sessões de arteterapia, meditação, quiropraxia, reiki, tratamento naturopático e tratamento osteopático. A Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) foi idealizada há onze anos com o objetivo de abordar cinco práticas: fitoterapia, acupuntura, homeopatia, medicina antroposófica e termalismo.

    Quem pode ministrar sessões de musicoterapia?

    Para atuar como musicoterapeuta é necessário cursar uma graduação ou uma pós-graduação em musicoterapia, afinal, apenas os profissionais com formação na área podem efetuar atendimentos.

    A grade curricular de musicoterapia mescla as disciplinas do curso de música e do campo da neurociência. Ademais, os estudantes têm contato com matérias práticas sobre os métodos e procedimentos da musicoterapia. A graduação obriga a realização de um estágio e a entrega de uma monografia ao final do curso. 

    Neste artigo, você compreendeu quais são os benefícios da musicoterapia. Agora, que você já sabe que tanto uma música do Beethoven quanto um show do Dilsinho podem eliminar o seu estresse, que tal colocar os fones de ouvido e escutar a sua playlist favorita?  


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